g.e. Glória

História

Grandes Campanhas



A segundona de 1988 possivelmente foi a mais disputada de todos os tempos: 36 equipes lutaram por duas vagas ao Gauchão. O Glória venceu as fases iniciais e apoiado em uma perfeita aliança entre clube, torcida, empresariado e poder público, partiu para a disputa do octogonal final como favorito. A largada, porém, foi preocupante, e a perspectiva do adiamento do sonho por mais um ano começava a tornar-se uma realidade.


Disputando os grupos 1 e 2 do Gauchão, o “Leão” sofreu um grande desgaste. No primeiro, chegou às semifinais contra o Grêmio, sucumbindo devido à maratona a que foi submetido. O calendário insano quase comprometeu o desempenho no Grupo 2, mas o time teve forças para obter a vaga à semifinal, superando todas as dificuldades.


Classificado, o Glória credenciou-se para enfrentar o Internacional no Beira-Rio, em jogo único. Em um confronto épico, decidido pênaltis (tempo normal, 1 a 1; prorrogação, 1 a 1), e com a influência da arbitragem, que prejudicou os vacarienses, o “Leão” sucumbiu. A despeito da indignação com o “roubo”, a terceira colocação alcançada significou o melhor desempenho do clube no Gauchão. O goleiro Marcão foi indicado como um dos melhores goleiros da competição, e Sandro Sotilli, artilheiro do campeonato com 27 gols, eleito o melhor jogador do Gauchão. A equipe-base dessa grande campanha, treinada inicialmente por Bagé e depois por José Luiz Plein, teve: Marcão; Flavinho Oliveira, Marcelo Bolacha, Xavier e Cristiano; André Gheller, Toto, Aldo e Rodrigo Gasolina; Bebeto e Sandro Sotilli.


O Glória, terceiro no Gauchão de 2004, no jogo contra a ULBRA em 18/04/2004. Em pé, da esq. para a dir.: Dudu Gasperin (Prep. Físico), Rafael, André Gheller, Toto, Marcelo Bolacha, Cristiano e Luciano Sobrosa. Agachados: Bebeto, Rodrigo Gasolina, Xavier, Sandro Sotilli, Flavinho e Edu Chaves (Supervisor).

Em 2005, o comando técnico foi novamente entregue a Bagé, que manteve boa parte da excelente base montada no ano anterior. Novamente o Leão realizou uma grande campanha e repetiu o terceiro lugar no Gauchão. Além disso, pela primeira vez derrotou um time da dupla Gre-Nal atuando em Porto Alegre: 3 a 1 sobre o Inter em pleno Beira-Rio. Time-base: Marcão; Marcelo Bolacha, Xavier e Pansera; Flavinho, Carlão, Júnior Negrão, Rodrigo Gasolina e Marcelo Müller; Gustavo e Jajá. A boa campanha no regional valeu vaga para disputar a Série C do Brasileiro, depois de 16 anos distante das competições nacionais, finalizando em 20º lugar.


Assim é o Grêmio Esportivo Glória: um clube pequeno, mas com vários momentos de dignidade e brilho em sua História. Ganhando ou perdendo, é considerado por todos que tiveram a oportunidade de enfrentá-lo um adversário de respeito, com equipes aguerridas e um patrimônio que pode ser considerado de exceção entre as agremiações do interior gaúcho.


A campanha da segundona gaúcha de 2015, também se destaca entre as mais belas do Grêmio Esportivo Glória. Num campeonato em que a Federação Gaúcha de Futebol rebaixou três times da primeira divisão e subiu apenas um, o Glória conseguiu superar a todos e trazer a vaga para a cidade, depois de oito anos. Além disso, o Leão da Serra foi campeão em número de pontos e também teve o melhor ataque.


Com um time mais forte e com jogadores preparados para enfrentar a realidade cruel e as dificuldades do campeonato, o time conquistou a Divisão de Acesso em 2015. Nomes como Luiz Carlos Vieira Júnior, Jarbas Fernandes – o Jajá, Ronaldinho Gramadense e Germano Ferreira e Vinícius Chimbica (os filhos da casa) e o destaque Alê Menezes, fizeram a diferença nos acirrados e angustiantes jogos da temporada.


Fonte: Jornal Correio Vacariense


Capitão e destaque do Glória na Campanha de 2015, Alê Menezes, levanta a taça de Campeão da Divisão de Acesso – Foto: Danilo Ciotta

Time que disputou a Divisão de Acesso 2015 e levou a única vaga do Gauchão 2016 – Foto: Danilo Ciotta

Sandro Sotilli, o melhor do Gauchão 2004

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